quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Reflexões Sobre os Números

O um é a unidade absoluta. Tudo está contido nele. Todos os números existem dentro dele. Por isso Deus é só um, pois Ele contém tudo.

O dois é a divisão dessa unidade. Poderia ser o surgimento de outra unidade? Creio que não, pois como a unidade é absoluta não poderia existir outra igual, portanto a díade é uma divisão. A unidade agora assume dois aspectos. É a consciência de bem e mal, certo e errado, a percepção de preto e branco, perto e longe, ou seja, toda a manifestação dual do universo.

O três é a relação entre os dois pólos da díade, que gera manifestação. Aliás, a tríade é necessariamente resultado dessa relação, pois um terceiro ponto surge da interação entre os outros dois. A corrente elétrica é a energia circulante de um pólo com mais carga para um outro com menos carga. O filho é o resultado da união sexual entre a mãe e o pai, ou mais especificamente falando do embrião, que é formado pela união do espermatozóide com o óvulo, unidos no útero.

O quatro é a estabilidade do sistema. Um pequeno equilíbrio entre duas partes. É o circuito elétrico em funcionamento. é o pai e a mãe cuidando do filho. E o presidente que foi eleito e mantem, seu governo.

O cinco é o movimento. O equilíbrio foi desfeito. O filho cresceu e saiu de casa. Houve um curto circuito no sistema elétrico. Com o cinco temos o homem em movimento e surge a noção de tempo.

O equilíbrio retorna ao seis, mas agora ele é dinâmico. 2 X 3 = 6, ou seja, a tríade do espírito em equilíbrio com a tríade da materia, o macrocosmo e o microcosmo. O caos aparente do universo equilibrado por suas leis naturais.

O sete unindo a estabilidade do quatro, com a lei divina do triangulo, forma o ciclo ideal, o poder cósmico.

O Oito encontra novamente um equilíbrio, agora uma harmonia entre opostos, lei de causa e efeito, um ajustamento da natureza, que independente de padrões humanos de ética ou moralidade respeita uma lei de compensação.

O Nove sendo a manifestação do três (3X3) poderia ser a base, ou o modelo arquetípico, sobre o qual o mundo físico é construído.

O Dez, um retorno a unidade em termos de totalidade, união da unidade com o vazio (0), percepção de que o zero é contido na Unidade, assim como uma afirmação contem em si sua propria negação. Seria portanto a Grande Obra Completa, pelo menos subjetiva e relativamente, pois sempre surge o 11, implicando em um recomeço de um novo ciclo, embora um degrau acima.




Quarta-feira, 18 de junho de 2008 (noite)

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