Creio que considerar a letra hebraica Tau como uma das letras mães, tal como faz Saint Yves D’alveidre em seu livro “O Arqueômetro”, seja um pouco simplista, pois levaria em consideração apenas o conceito de inicio e fim, sendo que os atributos das letras mães do alfabeto hebraico são formativos. O Alef representa o sopro divino, a energia vital primordial, o Mem a vida em sua formação e o Shin a própria quintessência divina, a lei da triangulo ou a trindade conforme o simbolismo oculto das religiões em voga, a energia do fogo.
A organização das letras hebraicas em ordem numérica é anti-natural, pois a vida é dinâmica e não extática, as palavras só se formam alterando-se a ordem das letras, portanto limitar seu fundamento em inicio, meio e fim simplificaria de forma incompleta seu significado. Se colocamos o Aleph no meio de uma expressão já se descaracteriza seu significado de inicio, mas não seu significado de Principio. Principio, Meio e Finalidade, assim poderíamos representar as letras mães do alfabeto hebraico. O Aleph um principio, uma essência. O Mem um meio, um modo de operação e o Shin uma finalidade, um objetivo. As letras estão soltas no ar, e sua disposição é praticamente randômica, considerando-se é claro, as leis naturais de causa e efeito.
Mas não podemos negar a existência do Alpha e do Omega da criação como inicio e fim, pois o mundo manifesto teve uma origem, um inicio, e terá por conseqüência um fim, pois segue uma lei cíclica natural. Deus sendo o Principio e o Fim não significa que ele esteja limitado nesse espaço-tempo. O mundo manifesto possui em sua essência o Principio Divino, e em sua existência possui uma Finalidade, somos feitos a sua imagem e semelhança, como um espelho distorcido. Embora esse Principio e essa Finalidade sejam desconhecidos para nós seres humanos de limitada percepção.
O limitado é incapaz de perceber o ilimitado.
(Aere Perennius)
Quarta-Feira, 11 de Junho de 2008 (Manhã)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
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